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quem se destina
No nosso cotidiano, encontramos diversos tipos de pessoas: expansivas, quietas, amigas, chatas, rápidas, lentas, metódicas, desorganizadas, criativas, confusas, nervosas, calmas, etc. Alguns desses atributos são visíveis e inquestionáveis, enquanto outros são subjetivos – cada um tem uma opinião sobre determinada pessoa. Independentemente do grau de subjetividade, todos estamos em constante julgamento, classificações e rótulos.
Além das características citadas, também encontramos pessoas mais inteligentes e menos inteligentes. Quando abordamos este assunto, “Inteligência”, surgem muitas controvérsias e poucas definições unânimes e concretas.
Essa polêmica despertou minha atenção e curiosidade. Embora não seja estudioso nem profissional do assunto, busquei algumas respostas para questões como:
· O que é inteligência ?
· Existem pessoas mais inteligentes que outras ?
· É possível medir a inteligência através de testes ?
· Existem vários tipos de inteligências ?
· Como a inteligência se manifesta no cotidiano ?
· Quais as características da pessoa inteligente ?
· Inteligente, gênio, culto, intelectual e sábio são a mesma coisa ?
Este livro se destina a todas as pessoas que, como eu, se interessam pelo assunto e gostariam de discutir essas perguntas de forma mais científica.
Para direcionar este trabalho, o principal foco foi a manifestação da inteligência, ou seja, a identificação da pessoa inteligente, suas características e as estruturas do raciocínio inteligente.
A discussão parte do princípio que, para uma pessoa ser considerada inteligente, é preciso se manifestá-la. Inteligência não é um potencial, é necessário colocar em prática. Se a pessoa não se manifestar (pela fala, escrita ou gestos), ninguém saberá dizer se ela é inteligente e isso não resulta em progresso para a sociedade.
Ao estudar o tema através da sua manifestação no cotidiano, surgem controvérsias, pois o que é inteligente para alguns pode não ser para outros. Mesmo assim, existem algumas características que podem ser estudadas, como a amplitude e qualidade do conhecimento, a velocidade de raciocínio, criatividade, capacidade de associação e analogias, etc. Serão apresentadas, portanto, as características básicas de um ser inteligente, formas de raciocínio, diferenças individuais e o principal objetivo da inteligência – a resolução de problemas.
Este trabalho foi escrito às pessoas que convivem com diversas pessoas, gostam do tema e querem obter conceitos mais científicos para se questionar e avaliar os profissionais e amigos com que convive. Assim, entenderá as diferenças individuais e poderá responder as perguntas acima.
Contudo, para chegar a esta discussão, primeiro é preciso entender o conceito de inteligência a partir de teorias científicas os séculos XIX e XX. Para isso, os capítulos a seguir apresentam um resumo prático e histórico. O propósito é propiciar ao leitor o conhecimento científico sobre o tema para nortear a conclusão e oferecer subsídios para seus próprios conceitos. São abordadas as várias classificações da inteligência, métodos para mensurar a pessoa inteligente, inteligências múltiplas, inteligência emocional, etc.
Como o campo da inteligência é muito amplo (com várias ramificações, como teorias de aprendizagem, desenvolvimento cognitivo das crianças, linguagem, funções neurológicas do cérebro, hemisférios esquerdo e direito, memória), não é propósito deste livro explorar as linhas de estudo da educação e neurologia, tão pouco esgotar e aprofundar as teorias de grandes estudiosos. A parte I visa apenas resumir vários conceitos e despertar o interesse do leitor para aprofundar-se nas referências bibliográficas.
É importante ressaltar que este texto não esgota o assunto. A discussão sobre a inteligência é interminável e no final do trabalho surgiram novos questionamentos e a necessidade de revisão. Contudo, foi preciso fazer um corte para essa divulgação, caso contrário seria uma investigação eterna e sem produção de algo concreto. Assim, este trabalho pode servir tanto para aqueles que estão tomando contato com o assunto como para aqueles que desejam fazer uma revisão ou resumo sobre o tema. E sobretudo, é um convite à reflexão.
Boa leitura!
O autor